Planejar o futuro para garantir uma aposentadoria tranquila ou evitar que imprevistos provoquem uma queda brusca no padrão de vida tem sido uma saída para milhares de brasileiros. Isso só é possível porque o mercado securitário evoluiu e oferece coberturas que podem ser resgatadas em vida em modalidades personalizadas que se adequam à estrutura financeira e às necessidades de cada um.
Segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep), algumas das principais companhias do setor aumentaram em 73% o volume de vendas de produtos resgatáveis no primeiro semestre do ano passado. Outras têm 84% de seu faturamento garantidos por seguros de vida resgatáveis.
Hoje, a maior parte dos contratos fechados com seguradoras são para seguros resgatáveis em vida. “Hoje o seguro de vida pode ser considerado um investimento garantido, não entra em inventário e tem isenção de Imposto de Renda. Existem produtos personalizados que cobrem até 25 tipos de doenças. Essa é uma boa modalidade para todos que possuem independência financeira e/ou dependentes. No caso de diagnóstico de um câncer ou até mesmo uma internação por covid, por exemplo, o segurado recebe um valor para manter o padrão de vida da casa, lidar com seu lucro cessante e buscar um tratamento diferenciado que não teria acesso pelo convênio”, avalia o gestor de risco e especialista em planejamento financeiro Hilton Vieira.
Nesta época de pandemia, conta Vieira, os sinistros mais acionados e pagos foram os de casos de internação hospitalar, em que a pessoa recebe um valor no período que ficar hospitalizada. Existem coberturas ainda mais específicas. “Autônomos ou empresários que ficarem afastados do seu trabalho têm como opção o seguro para pagamento de diária por afastamento temporário”.
O descrédito com a previdência social impulsionou as vendas de seguros resgatáveis para criar reservas financeiras para o futuro. “Além de proteger em todas as outras situações, essa modalidade garante o dinheiro de volta, com uma correção superior à inflação. Tem seguros que oferecem um retorno financeiro de IPCA mais 3% ao ano”.
Um tipo de cobertura que tem sido muito procurada é a de invalidez total ou parcial, adequada para profissionais autônomos. “Caso a pessoa perca a função de um ou mais membros fundamentais para seu trabalho, como por exemplo voz, mãos, ela precisa ter renda que garanta seu sustento e essa modalidade assegura isso”.
Outra modalidade disponível no mercado permite proteger o padrão de vida daqueles que perderam sua capacidade produtiva. “Uma pessoa que sofreu acidente que a deixou em uma cadeira de rodas para o resto da vida, além do prejuízo físico, tem o emocional. Durante um determinado período – ou até mesmo de forma permanente – essa pessoa não vai conseguir ter o mesmo nível de produção que antes, e não terá a mesma receita. Nesse caso, existem seguros que podem garantir anos de padrão de vida para que a pessoa tenha tempo de se restabelecer emocionalmente e se reerguer”.
5 dicas para fazer seguro de vida
1) Procure um especialista e certifique-se se ele está registrado na Susep
2) Busque seguradoras com mais tempo de mercado e maior lastro financeiro.
3) Pesquise referências na internet sobre a empresa pela qual está contratando sua apólice.
4) Determine um valor de indenização adequado ao seu padrão de vida.
5) Escolha fazer um seguro personalizado e de acordo com suas necessidades. Caso elas mudem, altere a sua apólice.
Jornalista responsável: Adriano Kirche Moneta