O Banco Central do Brasil afirmou que cerca de 40 milhões de pessoas fizeram a sua primeira transferência bancária usando o Pix. Com apenas um ano de operação, ele já está consolidado no cotidiano dos brasileiros como a principal forma de transação monetária e a base de usuários não para de crescer. Segundo o diretor financeiro do Popibank, Marcelo Pereira, a ferramenta é um poderoso instrumento de inclusão financeira. “Esse dado do BC demonstra a importância que o Pix teve para incluir mais gente no sistema financeiro e democratizar a forma de lidarmos com o dinheiro”, afirma.
Estudo do Instituto Locomotiva apontou que, em janeiro de 2021, cerca de 34 milhões de brasileiros não tinham conta bancária ou a usavam com pouca frequência. Pereira acredita que o Pix possa ter ajudado a diminuir esse número. “Segundo dados de outubro do Banco Central, mais de 105 milhões de pessoas físicas possuíam cadastro no Pix, o que representa quase metade de toda a população brasileira. A inclusão financeira sempre foi uma das metas do BCB e, um ano após o seu lançamento, já vemos resultados”, conta.
Segundo o especialista, o novo meio de transações se popularizou rapidamente por oferecer praticidade tanto aos usuários quanto para os bancos. “A gratuidade do Pix ajudou no processo de democratização, garantindo que mais pessoas pudessem utilizá-lo para transferir ou receber dinheiro. Ao mesmo tempo promoveu um ‘campo igualitário’ para todas as instituições participantes do sistema, sejam elas bancos, fintechs ou outras”, completa o diretor do Popibank.
Medidas de segurança
Para reduzir os golpes e fraudes do Pix, o Banco Central limitou a R$ 1 mil as transferências e pagamentos realizados por pessoas físicas das 20h às 6h, com a possibilidade de o usuário ajustar o horário inicial para até as 23h59.
Mas, a partir desta segunda-feira (22/11), o cliente só terá duas opções: das 20h às 6h ou das 22h às 6 h. Os usuários devem ter a opção de cadastrar previamente contas que poderão receber transferências acima do limite estabelecido.
Além de estabelecer o limite para transações, Marcelo Pereira deixa algumas outras dicas de segurança para utilização segura do Pix. “Proteja o app da sua instituição financeira com uma senha forte. Nada de aniversário, CPF ou sequência de 1 2 3 4. Escolha uma combinação difícil, que só você sabe. Jamais guarde senhas no celular. Se você tem medo de esquecer, existem aplicativos que protegem suas senhas. Nunca compartilhe sua senha, e confira todos os dados da transação para checar que estão corretos”, orienta o especialista.