O desemprego e a crise econômica levaram 25% da população brasileira para o empreendedorismo. Essa explosão no número de pequenos comerciantes fez as instituições bancárias diversificarem sua atuação para atender um novo público. Nesse cenário, bancos digitais ganham força e despontam como uma boa opção para quem quer montar ou incrementar um pequeno negócio.
Com vantagens que representam custo menor, esses bancos estão de olho no poderoso filão: vender maquininhas para pequenos empreendedores como os vendedores de bolos, de ovos, de artesanato, um público que tem um faturamento pequeno demais para conseguir vantagens dos bancos tradicionais e que encontra nas fintechs as melhores condições para oferecer aos seus clientes formas diversificadas de pagamento. “Os novos bancos têm taxas bem menores dos serviços, sem a burocracia e a exigência de um faturamento mínimo. A abertura da conta é rápida e ainda não tem taxa de manutenção”, explica Marcelo Pereira, administrador com foco em economia, banco digital e fintechs.
Além disso, diz o consultor, os bancos digitais vendem as maquininhas de cartão a preços bem mais competitivos. E esses equipamentos são hoje o grande aliado dos empreendedores. No fim do ano, os cartões transacionaram 46% do consumo das famílias, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). “Se um empreendedor quiser incrementar as vendas, tem que oferecer essa opção aos clientes”, afirma Pereira. O valor da maquininha no mercado gira em torno de R$ 1,5 mil, mas é possível encontrar o produto por até R$ 400,00 nos bancos digitais.
Pereira elenca oito motivos para o empreendedor incorporar na sua rotina de negócios o uso das maquininhas. Comodidade para o consumidor, mais segurança na transação, aumento nas vendas e no valor médio gasto, maior controle das vendas e maior mobilidade, diminuição dos riscos de calotes e ganho de competitividade são apontados pelo consultor como as principais vantagens para quem entra para o mundo dos cartões. “Aceitar pagamentos via cartões de crédito e débito é uma ação inteligente e indispensável no mercado atual”, afirma.
O aumento no número do uso de cartões de crédito e débito foi de cerca de 9%, no primeiro semestre de 2020, segundo a Abecs. A modalidade crédito movimentou R$ 360 bilhões e débito, R$ 230 bilhões. “Tudo isso nos mostra que quem não aceita cartões em seu estabelecimento está perdendo uma importante fatia do mercado e a chance de aumentar o faturamento de seu negócio. E as maquininhas facilitam as transações. Por terem chip, podem ser usados em todos os lugares e isso descomplica a vida de quem precisa ir até onde o comprador está”, afirma Pereira.