O ex-candidato a vereador por São Paulo, Adilson Adriano Amadeu, de 48 anos, foi preso por policiais do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) em um hotel em Osasco, São Paulo, na manhã desta sexta-feira (17). Adilson é filho do vereador paulistano Adílson Amadeu (União Brasil). Condenado em 2008 por roubo de uma Mercedes Benz, que pertencia a um ex-sócio, Amadeu era procurado pela polícia desde o último 6 de fevereiro, quando a 4ª Vara das Execuções Criminais do Foro Central Criminal Barra Funda expediu nova ordem de prisão contra ele.
Em 2017 o ex-candidato, que também é advogado, foi condenado e recorreu em liberdade, mas foi preso em outubro de 2020. Um mês após a prisão, seus advogados, alegando motivos de saúde, conseguiram um habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo para que ele cumprisse a pena em regime domiciliar.
Durante o período em que foi beneficiado pelo regime domiciliar, Amadeu descumpriu as regras várias vezes. No mandado de prisão expedido, a Justiça informa que “o executado teria comparecido diversas vezes a Delegacias de Polícia para lavrar boletins de ocorrência, sem autorização judicial para o deslocamento, e, nestas oportunidades, teria informado residir em endereços diversos daquele informado para cumprimento” da pena.
Histórico de golpes e processos
Além da condenação por roubo, há uma série de inquéritos e processos contra o ex-candidato na polícia e na Justiça. “Adilson aplicou uma série de golpes financeiros falsificando documentos. Em um desses golpes ele tentou se apropriar de R$ 13 milhões de um casal de idosos, falsificando suas assinaturas em notas promissórias e contrato relativas a uma suposta venda do imóvel que havia sido alugado para ele. Dois laudos, um do Instituto de Criminalística e outro do perito do juízo, confirmaram as falsificações, mas ainda assim ele vem causando uma série de prejuízos a esse casal, que ainda não conseguiu ter a posse do seu imóvel devolvida”, explica o advogado do casal, Rafael Barbosa da Silva.