Apesar da crise econômica que desde 2020 atinge o Brasil, o setor da construção civil se mantém em constante crescimento. Segundo estudo da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), 2021 terá crescimento de 7,6% e para 2022 a entidade projeta alta de 2% se houver expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,5% a 1%. Essas projeções são confirmadas por representantes do setor, como o engenheiro civil Matheus Moura, da Construtora Vizotto Moura. “No final de 2021, o setor ficou ainda mais aquecido com a injeção do 13º e o clima de otimismo do mercado com o avanço da vacinação; 2022 já dá sinais de que o crescimento vai ser mantido”, afirma o engenheiro.
Segundo Moura, parte dessa alta é puxada pela construção com métodos alternativos, como os painéis monolíticos de EPS (poliestireno expandido), que se tornaram uma alternativa mais rápida, econômica e sustentável para quem quer construir. “Nos últimos meses de 2021 e já nesse início de ano percebemos um aumento de cerca de 30% pela procura do EPS. Esse é um mercado em plena expansão”, afirma.
O engenheiro civil explica que a praticidade e o baixo custo são alguns dos atrativos desse tipo de técnica. Esses fatores, diz Moura, devem tornar o EPS cada vez mais popular no Brasil. Segundo ele, as construções feitas com placas de isopor ficam em média 10% mais baratas que as convencionais, feitas com alvenaria. “Há também uma redução no desperdício de materiais, que em uma obra convencional de alvenaria chega a 40%. Com os painéis de isopor, não passa de 2%”, explica.
Quem busca opções mais sustentáveis tem ainda como aliado o consumo menor de água e a economia com a contratação de caçambas e de profissionais para o descarte adequado dos resíduos.
Mais resistência
Outra característica é a resistência a infiltrações, mofo e bolor. “Ela pode ser mais resistente que uma parede de alvenaria e suportar até 80 toneladas por metro dependendo do método usado”, explica Moura.
Essa estrutura também permite melhor isolamento térmico e acústico, afirma o engenheiro civil, que é especialista nessa técnica há três anos. “Uma parede de tijolos que necessitaria de pelo menos 1 metro de espessura para ter o mesmo resultado do isopor no isolamento e isso custa até cinco vezes mais”.